Cama compartilhada: como funciona, benefícios e riscos

Cama compartilhada: como funciona, benefícios e riscos

Cama compartilhada: como funciona, benefícios e riscos

O sono do bebê é uma das coisas que, ironicamente, mais tiram o sono dos pais, especialmente as crianças nos primeiros anos de vida.

É nesse contexto que surge a opção da cama compartilhada. Mas será que cama compartilhada é segura? Quais são os benefícios da cama compartilhada? Isso vai fazer mal para a criança? Vamos falar sobre tudo, inclusive os mitos sobre a cama compartilhada neste post. 

Como funciona uma cama compartilhada?

A cama compartilhada acontece quando o bebê ou criança dorme na mesma cama dos pais, ao invés de dormir no seu berço ou caminha própria.

Quando o bebê é pequeno e acorda várias vezes à noite para mamar ou trocar as fraldas, a opção da cama compartilhada é tida como uma opção mais fácil e menos cansativa pelas mamães.

A prática da cama compartilhada também permite monitorar o sono do bebê e agir rapidamente em casos de engasgo. Além disso, a proximidade física com os pais proporciona relaxamento do bebê.

Mãe deitada com bebê em cima

Afinal, a cama compartilhada é bom fazer, ou não?

As opiniões de especialistas são bem divergentes sobre cama compartilhada, benefícios e malefícios da prática. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) não recomenda a cama compartilhada, mas sim que o bebê tenha um berço no quarto dos pais até os seis meses. 

Por outro lado, há pessoas e profissionais que encorajam a cama compartilhada recém-nascido e bebê, para facilitar a amamentação e os cuidados com a segurança da criança durante os seis primeiros meses de vida. 

Desse modo, é interessante analisar a cama compartilhada: benefícios e riscos, além de consultar seus médicos para definir se essa prática funcionará para você.

Benefícios da cama compartilhada

  1. Proximidade da criança para atender as necessidades de fome, desconforto ou questões de saúde e bem-estar, propiciando uma cama compartilhada segura;
  2. Pode melhorar a qualidade de sono de toda a família, devido à menor interrupção do sono ao longo da noite;
  3. O contato de pele com pele ajuda no desenvolvimento cognitivo e afetivo do bebê;
  4. Facilita a amamentação durante a noite, deixando a mamãe menos cansada;
  5. A longo prazo, também estimula que a amamentação dure mais tempo;
  6. A cama compartilhada segura, que é espaçosa, tem os lençóis bem presos e poucos travesseiros, ajuda a manter todos confortáveis e tranquilos durante o sono.
Menino sentado em cama e chorando

3 mitos sobre a cama compartilhada

Geralmente, os mitos sobre a cama compartilhada são espalhados por pessoas que nem sempre verificam a veracidade das informações. Por isso, é válido esclarecê-los para que você tome a sua decisão de fazer ou não a cama compartilhada, baseado em seus conhecimentos e desejos, sem influências exteriores. 

1. A criança nunca vai aprender a dormir sozinha

À medida que a criança vai crescendo, a necessidade de independência vai surgindo de forma natural. Cama compartilhada, até que idade? A idade da criança e a duração da cama compartilhada vão ser determinadas pelo desejo dos pais e transmitida em forma de segurança para a criança, que deve ser estimulada a ter seu próprio espaço. Para ajudar, vale preparar o berço ou cama com roupas de cama infantis bem coloridas e divertidas!

E que tal aprender como fazer o bebê dormir a noite toda? Nossas dicas aqui são incríveis!

Menina sentada em cama com mãos no rosto

2. A criança será insegura

A insegurança de uma criança é resultado de vários fatores da criação — e uma das menores influências, se é que pode influenciar — é a cama compartilhada. A segurança e autoconfiança da criança está em como a família interage com ela e a estimula em sua relação com o mundo externo. 

Sob outra ótica, a cama compartilhada ajuda a reduzir a ansiedade da criança, passa a sensação de acolhimento e conexão emocional, ajudando ela a ser mais confiante, ao ter a cama compartilhada como seu porto seguro.

3. Vida íntima do casal

É indiscutível o impacto que a chegada de um bebê causa na vida íntima de um casal. É necessário um esforço conjunto para recuperar a intimidade de outras formas. E já que o bebê estará dormindo em um cômodo da casa, por que não explorar os outros ambientes para namorar? 

Porém, lembre-se que em hipótese alguma o casal pode ter relações no mesmo quarto em que o bebê está: mesmo que ele seja muito novinho para entender ou esteja dormindo. Isso porque a agitação e os barulhos (ainda que mínimos) impactam no cérebro infantil e podem trazer consequências para o desenvolvimento da criança.

Quais os riscos da cama compartilhada com recém-nascidos?

E a cama compartilhada com recém-nascido? Apesar de parecer trazer facilidades no cuidado e amamentação do bebê, diversos estudos apontam que a cama compartilhada recém-nascido aumenta o risco de Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL). Ao invés da cama compartilhada, a recomendação é o quarto compartilhado.

Os riscos da cama compartilhada podem ser minimizados com a aplicação de técnicas da cama compartilhada segura: ter uma cama grande e espaçosa ou deixá-la apenas para a mãe e bebê, manter os lençóis bem presos, não utilizar muitos travesseiros, almofadas e cobertas para evitar sufocamentos. Além disso, de preferência o bebê deve dormir ao lado da mãe ou principal cuidador e do outro lado, ter a barreira de uma parede ou grade de proteção lateral. 

Outra opção segura é colocar o bebê no ninho ou no em cima do trocador americano, na cama, dados que as laterais altas o protegem durante o sono da mãe.

Bebê deitado olhando para câmera

Quando deixar a cama compartilhada?

Mesmo que você não faça a cama compartilhada e sim o quarto compartilhado, a dúvida é a mesma, quando isso deve acabar? É essencial que nos primeiros seis meses o bebê e o cuidador durmam no mesmo quarto. Portanto, esse é o período mínimo para o quarto compartilhado.

Já quando isso deve terminar é uma decisão exclusiva da família, que pode optar por estender o período de cama compartilhada pelos primeiros anos da criança, para estimular os vínculos afetivos, que é um dos fatores positivos da cama compartilhada psicologia.

O importante é ter paciência no processo de adaptação do bebê com outra cama/berço e outro ambiente.

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Esperamos que você tenha aproveitado essas informações e balanceado os prós e contras da cama compartilhada.

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Até a próxima! 🙂

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